MP diz que empresários contribuíram no financiamento de bloqueios em SC

    MPSC diz que organização de empresários contribuiu no financiamento aos bloqueios em SC
    Chefes dos ministérios públicos de SC, ES e SP reuniram-se com Alexandre de Moraes, do TSE, para entregar relatório sobre os bloqueios – Foto: MPES/Divulgação/CSC

    O procurador-geral de justiça do Ministério Público de Santa Catarina, Fernando da Silva Comin, esteve em Brasília, nesta terça-feira (8/11), em reunião com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para tratar do suposto apoio dado por empresários aos bloqueios, obstruções e interrupções de vias públicas em Santa Catarina após o resultado da eleição nacional.

    No encontro, Comin apresentou relatório do MPSC em que foram identificados financiadores dos bloqueios. Segundo o MPSC o movimento é antidemocrático porque não é pacífico, impede o direito de ir e vir e atenta contra a Democracia. O órgão não revelou quantas nem quais são as empresas financiadoras desses atos contra o resultado das eleições. O “investimento” seria para infraestrutura de suporte aos manifestantes, como instalação de barracas de comida, banheiros, gasolina, barracas, carros de som e demais incentivos à paralisação para durar mais tempo.

    O procurador também reforçou ao ministro a preocupação em relação aos atos de violência praticados contra as forças de segurança, a presença de idosos e crianças como escudos humanos nos bloqueios e o prejuízo geral para a economia catarinense. No pico das paralisações foram mais de 80 bloqueios e alguns só foram desfeitos com a atuação de tropas de choque.

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    O relatório irá integrar os autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 519. Moraes determinou no âmbito nessa ADPF que os procuradores-gerais de justiça de todos os Estados acompanhem as medidas de desobstrução das rodovias e vias públicas. Também estiveram na reunião com o ministro os chefes dos MPs de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, e do Espírito Santo, Luciana Andrade.

    Para Sarrubbo, a similaridade das paralisações em diversos estados aponta para a formação de uma organização criminosa financiando os bloqueios. “Na nossa visão há uma grande organização criminosa, com funções definidas, financiadores, arrecadadores. Tem várias mensagens com número do pix para que mais pessoas possam abastecer financeiramente”, afirmou o procurador-geral de justiça de São Paulo.

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