Enquanto os bloqueios ilegais nas estradas perdem força, manifestantes em Florianópolis seguem em protesto em frente a unidades do Exército sob o pretexto de contestar as eleições.
Conforme balanço da Polícia Rodoviária Federal, às 18h desta quinta-feira (3/11) não havia mais pontos de bloqueio total em estradas de Santa Catarina. Em Trombudo Central e em Pouso Redondo, manifestações sobre a BR-470 ainda impediam parcialmente o trânsito.
Já em Rio do Sul, onde foram gravados os vídeos de militantes pedindo golpe militar, a PRF alertou que haveria a intervenção da tropa de choque, a exemplo do que ocorreu em Itajaí, Içara e Itapema. A polícia tenta negociar a liberação para evitar o uso da força, como no norte da BR-101, em Joinville:
Por volta das 15h de quinta, tropa de choque dispersou manifestantes da BR-101 em Joinville. As negociações aconteciam desde domingo (30) e o grupo rejeitava sair. Após a investida, foi iniciada a limpeza da rodovia, que tinha montes de terra e pneus queimados.
Imagens: PRF pic.twitter.com/aCZMJ90865— Correio de Santa Catarina (@CorreiodeSC) November 3, 2022
Em Rio do Sul, porém, mesmo após a negociação, os manifestantes concordaram com a polícia em desocupar a pista mas permaneceram atravessando a rodovia para impedir o trânsito normal.
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Protesto no Estreito
Manifestantes que protestaram em peso na tarde quarta-feira (2) em frente ao batalhão do exército no bairro Estreito, em Florianópolis, voltaram a se reunir no mesmo local nesta quinta sob a mesma pauta: pedir um golpe militar. Muitos acreditam que o golpe poderia ocorrer a partir de um “acionamento” das forças armadas contra as eleições se grupos permanecerem pedindo uma “intervenção federal” em frente aos imóveis militares. Uma parte dos manifestantes afirma já não se reconhecer mais como bolsonarista após a derrota do candidato nas urnas e quer apenas manifestar a indignação com o resultado.
Os manifestantes, equipados com barraquinhas de comidas e bebidas, ocupam ambos os lados da Av. Eurico Gaspar Dutra e prejudicam o fluxo normal do trânsito e a liberdade das pessoas que não fazem parte do movimento. O resultado concreto é um congestionamento do bairro.