Após dois meses de incursões, menos da metade da população catarinense (46%) foi recenseada até o último domingo (2/10). O cenário é similar no país, com 49% dos brasileiros contemplados no questionário do Censo. Entre os principais entraves estão falta de mão de obra, ausência de alguém na residência e até a recusa em responder às perguntas, situação mais saliente na Grande Florianópolis.
Por conta do atraso no levantamento, o IBGE adiou o final da coleta de 31 de outubro para início de dezembro em todo o país.
Santa Catarina está entre os estados com maior dificuldade em relação à falta de pessoal para trabalhar no Censo deste ano, com cerca de 70% das vagas preenchidas. Entre os que foram chamados no processo seletivo, menos da metade é considerada produtiva (com ao menos um questionário preenchido na última semana).
O IBGE afirma que irá chamar mais recenseadores e procura aumentar o nível de produtividade. Uma das estratégias é visitar as casas fora do horário comercial ou aos finais de semana.
Recusas ao Censo
Em média em Santa Catarina a recusa em responder ao questionário do Censo 2022 ocorre em 1,67% dos domicílios visitados. O índice é maior nas cidades de Florianópolis e São José, onde as taxas são quase o triplo: 3 em 100 e 4 em cada 100 abordagens, respectivamente nesses locais, resultam em recusa do morador em responder ao levantamento.
O índice de negativas em responder em São José (4,57%) é o maior entre as 10 maiores cidades de SC, conforme dados do IBGE. Na capital a taxa específica até agora é de 3,12%. A média de recusa no Brasil está em 2,2%, taxa similar à de Palhoça.
O instituto destaca que apesar das dificuldades de mão de obra, ausências de moradores e recusas em domicílios, os trabalhos do Censo em SC progrediram, com aumento de produtividade durante setembro. Foram recenseados 3.390.303 catarinenses, 46,2% da população estimada. O estado é o 17º até agora em nível de conclusão. Em duas cidades – Ascurra e Doutor Pedrinho – ainda não foi iniciada a coleta. Por outro lado, Bom Jesus do Oeste, Imbuia e Jardinópolis já estão com todas as pessoas recenseadas.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br
