Uma das estratégias do Hospital Regional de São José para melhorar o atendimento à população em geral é a ampliação da estrutura física da emergência da instituição, que deve ser concluída até o final do ano que vem. Outro caminho é o estudo constante das áreas ociosas para o melhor aproveitamento em setores com demanda mais alta.
Um raio-X da instituição foi repassado nesta quinta-feira (22/9) pelo diretor da casa de saúde, enfermeiro Daywson Pauli Koerich, aos vereadores da cidade durante do programa Roda de Conversa. O debate também contou com a presença da secretária interina de saúde do município, Fabrícia Martins, com foco nos impactos das dificuldades do hospital sobre o atendimento de saúde da cidade de São José.
Daywson apresentou números da instituição, que tem 1.700 funcionários diretos e 400 indiretos. São 340 leitos e média de 15 mil atendimentos em emergência e 15 mil atendimentos ambulatoriais – esses, uma das raízes da lotação da instituição. Ele lembrou que a meta de ampliação da emergência é prioridade de curto prazo. No longo prazo está a questão do Instituto de Cardiologia, que apresenta demanda de infraestrutura.
A secretária interina falou da importância da retomada do atendimento pediátrico, que foi suspenso durante a pandemia do coronavírus. Reforçou que este é um dos impactos importantes na rede de saúde local e lembrou da falta de profissionais médicos especialistas em pediatria disponíveis no mercado. “Compreendemos as limitações, mas entendemos que é importante não apenas para São José, mas para toda a Santa Catarina”, acrescentou Fabrícia.
O diretor do hospital lembrou que antes da pandemia havia subutilização da ala pediátrica e que o aproveitamento dela foi importante para a abertura de novas UTIs de atendimento contra a covid. Ele também destacou que a estrutura foi reaberta há 15 dias e confirmou a dificuldade de contratação de pessoal especializado. Lembrou também que a pediatria não é a vocação do hospital e que o Hospital Infantil Joana de Gusmão, na capital, é a referência de atendimento neste setor na Grande Florianópolis.
Daywson também justificou a ampliação da emergência e o investimento em traumatologia, mostrando que após a pandemia houve uma explosão na procura por atendimentos desta especialidade na instituição. “É praticamente o dobro do que atendíamos antes”, complementou.