A Associação R3 Animal recebeu um elefante-marinho-do-Sul (Mirounga leonina) nesta quinta-feira (25/8), em apoio ao Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA), com sede em Salvador, na Bahia.
O animal, uma fêmea jovem, foi resgatado pelo Instituto Baleia Jubarte em uma praia do litoral baiano em fevereiro e ficou em reabilitação, quando recebeu o nome de Frida.
Como a presença de elefantes-marinhos no Nordeste é algo incomum, já que as colônias reprodutivas mais próximas estão na região patagônica da Argentina, o IMA solicitou apoio à ONG R3 Animal para que o elefante-marinho fosse transferido para Florianópolis, para posterior soltura em um local mais próximo às colônias de origem.
A transferência ocorreu em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) e depois em um caminhão da Polícia Militar Ambiental do base aérea para o Rio Vermelho, no norte da ilha. Duas veterinárias do instituto viajaram junto com Frida no avião da FAB para acompanhar o processo de transferência e a adaptação do animal no centro de reabilitação em Florianópolis.
Frida deu entrada na reabilitação na Bahia com 64 quilos e agora está pesando 180 quilos e 1,8m. Sua alimentação é de 8 quilos de peixe por dia. Na R3 Animal, cuja sede fica ao lado do Parque do Rio Vermelho, o elefante-marinho está em um recinto específico para pinípedes, com piscina com água salgada.
Segundo a presidente da R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas, serão realizados exames clínicos e laboratoriais para monitorar a saúde e a expectativa de soltura é que ocorra dentro de 10 dias em uma praia do litoral catarinense. Por se tratar de um animal selvagem, quanto menor for o contato com pessoas, melhor e mais rápida será a adaptação ao novo local.
Os elefantes-marinhos têm esse nome popular por conta das narinas bem desenvolvidas nos machos adultos, lembrando uma tromba de elefante, e que podem chegar a 5 metros de comprimento e 4 toneladas.