Quatro pessoas morreram na madrugada desse domingo (7/8) no trecho da BR-282 em Florianópolis, a Via Expressa, em uma colisão frontal envolvendo um Gol Prata, com placas de São José, e um Peugeot, emplacado em Urubici. Os dois motoristas morreram, além da passageira e uma criança.
O Gol era dirigido pelo motorista de aplicativo Luiz Gustavo Bezerra. Ele levava como passageira da corrida Mariana de Abreu Bastian, de 41 anos, acompanhada de seu filho, Ricardo de Abreu Bastian, de 4 anos. Luiz Gustavo tinha 24 anos e era natural de Santo Amaro da Imperatriz.
Mariana era empresária do ramo de alimentação saudável e publicava no Instagram sobre dietas e dicas de nutrição. Seu marido, o médico Carlos Bastian, postou em story ainda nesse domingo confirmando a morte da mulher e do filho: “É com imenso pesar que comunico o falecimento da minha querida esposa Mariana e do meu pequeno Ricardo, vítima de acidente de trânsito nessa noite! A dor é imensurável!’’.
O outro carro, o Peugeot branco, era dirigido por Vinicius Carvalho, 24 anos, natural de Florianópolis. Um casal de jovens que estava no Peugeot sobreviveu ao acidente. Vinicius trabalhava em uma pizzaria da família no bairro Córrego Grande, na capital. A Associação dos Moradores do Sertão e Córrego Grande emitiu nota nas redes sociais lamentando a morte de Vinicius e informando sobre seu velório, que ocorreu durante a tarde no cemitério do Itacorubi. Ele deixa uma filha de 4 anos.
Circunstâncias serão apuradas
O acidente ocorreu de madrugada, por volta de 1h50, quando Mariana voltava de uma confraternização em família com o filho no carro de aplicativo.
Profissionais de resgate que prestaram atendimento nessa ocorrência relatam que os dois jovens sobreviventes, ocupantes do Peugeot 308, estavam embriagados. A suspeita é de que o motorista também tinha ingerido bebida alcoólica. Não é possível afirmar, por ora, que o motorista estava embriagado, apesar da presença de garrafas no carro – o Corpo de Bombeiros Militar confirmou à reportagem que constavam no Peugeot dirigido por Vinicius garrafas de vodka e de energético.
O que se sabe até agora é que o carro saiu totalmente da pista por estar em alta velocidade, a 130 km/h, – acima do limite permitido –, atravessou o canteiro central da Via Expressa e bateu de frente com o outro carro.
Dois fatores também devem ser levados em conta: chovia no momento do acidente e nesse ponto, próximo do elevado da Ivo Silveira, não há defensa metálica no canteiro central.
Há também o fato de que a criança não estava em uma cadeirinha apropriada, uma vez que os aplicativos de viagens urbanas não oferecem mais esse equipamento de segurança. A investigação sobre o acidente, a cargo da Polícia Civil, deve ainda apurar ainda se Mariana e o filho usavam cinto de segurança.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br
