Governo reduziu em R$ 6 bilhões dívida de Santa Catarina

    Boletim de indicadores econômico-fiscais de maio do governo estadual mostra uma redução de R$ 6 bilhões da dívida do Estado de Santa Catarina.

    De acordo com a publicação, de um montante próximo de R$ 20 bilhões de dívida consolidada líquida de Santa Catarina, a conta no primeiro bimestre de 2022 foi reduzida para R$ 14,1 bilhões.

    Isso representa 43,1% da Receita Corrente Líquida (RCL), bem abaixo dos 80,3% que representava em 2019. De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o limite máximo de endividamento estabelecido para os estados é de 200% da RCL.

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    A despesa com pessoal também vem apresentando queda desde 2019. No terceiro quadrimestre de 2021 chegou a 43,14% da Receita Corrente Líquida. O limite máximo estabelecido pela LRF é de 49%.

    “Esses números são resultados de uma gestão comprometida com a população e que faz o bom uso da máquina pública. Reduzir R$ 6 bilhões da dívida do Estado e ainda diminuir a despesa com pessoal demonstram nossa preocupação com o futuro por meio de uma gestão responsável”, frisa o governador, Carlos Moisés.

    Já o endividamento das famílias catarinenses em fevereiro de 2022 é de 42,3%. No Brasil o percentual de famílias endividadas chega a 76,6%. Segundo o governo de SC, no estado 2,8% das famílias não têm condições de colocar em dia suas pendências financeiras.

    Em 2021 Santa Catarina teve taxa de crescimento médio do PIB em 8,3%, tendência que vem ocorrendo desde 2016 e que consolida o ganho de participação da economia estadual no PIB nacional. Com isso, foi possível reduzir a dívida do estado, aliado ao fato do governo não tomar mais empréstimos.

    Perspectiva

    De acordo com o boletim, para 2022 a perspectiva é de turbulências na Economia.

    Apesar dos estímulos ao consumo anunciados pelo governo federal, as perspectivas para o comércio não são otimistas. Com a piora dos indicadores de endividamento das famílias, inflação em alta e perspectiva de mais aperto monetário, a tendencia é de queda nas vendas, principalmente nos segmentos dependentes de crédito. Os de combustíveis e de alimentos também deverão desacelerar frente a elevação dos preços internacionais. Se trata de mais um ano desafiador.

    “O PIB deverá desacelerar mais e o crescimento do mercado encontrará obstáculos diante das dificuldades enfrentadas pelo País. A inflação, que já ocasionou uma forte alta dos juros, deverá seguir com tendência de alta em boa parte do ano, limitando o poder de consumo das famílias”, avalia o governo estadual.

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