Janeiro teve chuva abaixo da média climatológica em Santa Catarina, o que deixou 95% dos municípios em condição de seca. A previsão para o trimestre entre fevereiro e abril de 2022 é de que a chuva continue abaixo da média no estado. Com isso deve piorar a condição de estiagem. Os dados são do boletim hidrometeorológico do governo.
No Centro-leste, sobretudo entre o Litoral Norte, Vale do Itajaí, Planalto Norte e parte da Grande Florianópolis, a previsão é de chuva mais volumosa, devido à maior disponibilidade de umidade e influência da circulação marítima.
Já no Oeste o destaque é a continuidade da chuva com menores volumes. Com a previsão do Fenômeno La Niña seguir atuando até o outono, a chuva deve continuar sendo provocada principalmente pela convecção, uma vez que, e as frentes frias seguem menos frequentes.
Chuvas muito abaixo em janeiro
A chuva ficou abaixo da média climatológica em grande parte do estado de SC, sobretudo no oeste, Alto Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Litoral Sul, com valores entre 40 mm e 190 mm abaixo do esperado para o mês de janeiro.
O Índice Integrado de Seca retrata um acompanhamento regular e periódico da situação da seca no Brasil. Mensalmente informações sobre a situação de secas são disponibilizadas até o mês anterior, com indicadores que refletem a evolução da seca no país.
As categorias são de S0 a S4, indicando seca fraca até seca severa. Em janeiro, dos 295 municípios de Santa Catarina, o resultado de chuvas foi:
16 em Condição Normal (5,43%)
35 em Seca Fraca (11,87%)
87 em Seca Moderada (29,50%)
93 em Seca Severa (31,52%)
61 em Seca Extrema (20,67%)
3 em Seca Excepcional (1,01%)
As chuvas irregulares configuram uma piora das condições de estiagem, com um aumento no número de municípios em condições críticas, de alerta e de atenção em relação ao abastecimento de água nos municípios.
Abastecimento urbano
Sobre a situação do abastecimento urbano, dentre os 295 municípios de Santa Catarina, 267 atualizaram a situação nas devidas agências reguladoras. Destes, 168 estão em estado de normalidade, 70 em estado de atenção, 14 em estado de alerta e 15 em estado crítico frente a estiagem. Portanto, o abastecimento urbano em grande parte dos municípios catarinenses deve continuar em situação de monitoramento constante para gestão da água.