Na segunda-feira (13/12) o governo do estado lançará um edital para empresas interessadas em operar o transporte coletivo marítimo da Grande Florianópolis apresentarem suas propostas.
A partir do lançamento da Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) as empresas terão 30 dias para mostrar ao governo como fariam o transporte em cinco rotas já formuladas em estudo da Secretaria de Infraestrutura do Estado.
As cinco rotas com maior potencial de transporte parte de três cidades das baías da Grande Florianópolis para pontos na ilha:
1) Tijuquinhas (entre Biguaçu e GCR) para Canasvieiras
2) Região Central de Biguaçu para Santo Antônio de Lisboa
3) Barreiros para o Miramar (Centro de Florianópolis)
4) Beira-mar de São José para o Miramar
5) Pontal de Palhoça (Praia de Fora) para Tapera
Os estudos divulgados em fevereiro pela SIE mostram que os maiores potenciais de arrecadação, portanto maior viabilidade financeira, estão nas rotas 3, 4 e 5. Mesmo assim, para a implementação do transporte marítimo da Região Metropolitana, o governo prevê um aporte de R$ 160 milhões no projeto para desapropriações de imóveis e construções das rotas de acesso rodoviário até os terminais aquaviários. Segundo o estudo, o aporte seria diretamente no setor privado para tornar o projeto atrativo.
Tarifas dependem de embarcações
A tarifa básica foi estimada em R$ 6,50 para pedestres, mas depende do tipo de barco, rota e do “tipo” de passageiro. Isso porque é possível que haja preços diferenciados para moradores locais e para turistas, a exemplo de outras cidades no Brasil. Se os barcos utilizados forem catamarãs ou ferry-boats, a tarifa pode chegar a R$ 13 para carros, R$ 6,50 para motos e bicicletas e até R$ 39 para transportes comerciais. Esses números são de fevereiro e não estão fechados.
Com essa parametrização de valores e custos, a concessão do transporte marítimo deverá ser de 35 anos, de forma a permitir o máximo retorno e atratividade para o negócio. Segundo a SIE, duas empresas, da Austrália e da Inglaterra já demonstraram interesse prévio.
A estimativa atual é de que o transporte coletivo aquaviário da região comece a operar somente em 2024.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br
