A Fundação Educacional de São José (Fundesj), mantenedora do Centro Universitário Municipal de São José (USJ), designou os membros da comissão de especialistas, que avaliarão as propostas das instituições de ensino superior inscritas na chamada pública para adesão ao processo de transferência assistida dos alunos do USJ.
A comissão se reunirá durante esta semana para análise das propostas. Na sexta-feira (10/12) está prevista a divulgação do resultado parcial no site da prefeitura. Em até cinco dias após a publicação do resultado, os membros realizarão visitas às instituições de ensino superior classificadas e no dia 17 será publicada a homologação dos resultados.
Em novembro, a Fundesj publicou o edital de chamada pública para adesão ao processo de transferência assistida dos alunos do USJ com o objetivo de assegurar a continuidade e o aproveitamento dos estudos aos cerca de 900 acadêmicos matriculados nos quatro cursos de graduação – Administração, Ciências Contábeis, Pedagogia e Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Com essa transferência, então, a prefeitura vai bancar a conclusão dos cursos de graduação de cada uma dessas pessoas matriculadas.
Fechamento do USJ
Em julho deste ano, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) recomendou à prefeitura solicitar ao Conselho Estadual de Educação o descredenciamento do USJ como universidade. A administração municipal decidiu não apenas acatar a recomendação, como dar fim ao USJ, e transferir os alunos matriculados.
O recredenciamento do USJ para manter como universidade exigiria uma série de investimentos, a exemplo da criação de mais quatro cursos de graduação e pós-graduação. A solução por recredenciar o USJ como faculdade, que tem menores exigências, também não foi acatada.
A prefeitura analisou dados dos 16 anos de história do USJ, em que a instituição contabiliza 5.079 alunos ingressantes, dos quais 2.197 desistiram ou abandonaram os estudos (cerca de 43,25%), o que pesou para a decisão da gestão do prefeito Orvino Coelho de Ávila em fechar o USJ. Também, na argumentação da gestão, a prefeitura deve dar prioridade à fila de crianças por creche, atualmente um déficit próximo de 1,8 mil vagas.