A 17ª rodada de licitações, realizada nesta quinta-feira (7/10) pela Agência Nacional do Petróleo, resultou em 5 dos 92 blocos de extração de petróleo arrematados, nenhum em Santa Catarina.
A oferta dos 92 blocos, com área total de 53,93 mil km², foi alvo de diversas polêmicas por se tratar de setores próximos a áreas de proteção ambiental. Os cinco blocos arrematados, pela Shell, ficam na baca de Santos. O total de bônus arrecadado no leilão foi de R$ 37,14 milhões. Nove empresas se inscreveram para o certame, mas apenas duas empresas fizeram ofertas: Shell e EcoPetrol Óleo e Gás.
Santa Catarina era o estado com maior quantidade de blocos de petróleo no leilão da 17ª rodada: 56 pontos de extração. A quantidade de campos à venda fez com que diversos parlamentares estaduais e municipais se posicionassem contra a exploração por considerarem de alto risco ambiental, gerando impactos em todo o litoral e sem a devida discussão de medidas compensatórias.
O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, diz que a rodada de lelão foi bem-sucedida – “É importante lembrar que essa rodada teve foco em novas fronteiras exploratórias, ou seja, áreas com muito risco para empresas do setor. E, essas empresas definem seus orçamentos no ano anterior. Portanto, fizeram isso quando a situação de pandemia global era mais acentuada. O contexto da indústria internacional do petróleo é ainda bastante desafiador. Com tudo isso, não havia, nem poderia haver, expectativa de que todos os blocos fossem arrematados”.
Por Lucas Cervenka – reportagem@correiosc.com.br