A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto Federal do estado (IFSC) ainda não têm previsão de retorno no ensino totalmente presencial, mas se preparam para o semipresencial, com a liberação de algumas atividades e disciplinas nos campi. Na Udesc há datas de retorno presencial já definidas, dependendo do campus.
A UFSC já retomou algumas aulas práticas e se prepara para a liberação de disciplinas práticas e estágios, além do atendimento no Colégio de Aplicação e Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI). Já o instituto tem situações diferentes nas unidades, com o semipresencial ocorrendo desde agosto em algumas, e marcado para setembro e outubro em outras, além das que seguem apenas no remoto.
UFSC
De acordo com o calendário acadêmico aprovado pelo conselho universitário, a UFSC terá aulas remotas até o final do ano letivo de 2021, que vai até março de 2022. O retorno às atividades presenciais ocorre de forma gradativa e separado em três fases: 1 em formato remoto, 2 em semipresencial, e 3 em presencial. No momento, a universidade segue na fase 1 e se prepara para a 2, com uma pré-fase que inicia em 20 de setembro. O ensino presencial será retomado de forma ampla após a cobertura vacinal em duas doses, o que a UFSC estima que deve ocorrer a partir de março do ano que vem.
Em resposta ao Correio, a comunicação da universidade destaca que a prioridade para o reinício do ensino presencial e semipresencial é do NDI e Colégio de Aplicação. Além disso, no decorrer da pandemia, algumas aulas práticas do ensino superior foram retomadas, como as de parte clínica da área da saúde. Os cursos de graduação também podem solicitar a realização presencial de disciplinas práticas e teórico-práticas.
IFSC
O instituto federal organiza o retorno presencial de acordo com uma política de segurança sanitária, dividida em seis fases de 0 a 5. Na zero há suspensão de atividades presenciais (a exceção de atividades essenciais e excepcionais); na 1, a suspensão é parcial para atividades presenciais administrativas e total para acadêmicas; na 2, o retorno parcial é ampliado para até 30% comunidade acadêmica, com atividades presenciais em aulas práticas e de laboratório; na 3, o retorno presencial segue parcial, mas é ampliado para 50% da comunidade acadêmica; na 4, vai para 80% da comunidade; e na 5, o retorno presencial é integral.
Atualmente, os campi do IFSC estão autorizados a acionarem a fase 2, de ensino semipresencial, o que já ocorreu no mês passado em Araranguá, Canoinhas, Chapecó, Florianópolis, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Tubarão e Xanxerê. Caçador, Criciúma e Palhoça devem iniciar essa fase em setembro, já Florianópolis continente e São José em outubro. As demais unidades seguem na fase zero e 1.
A retomada total do presencial ocorre somente na última fase do plano, ainda sem data para ocorrer. Ao Correio, a comunicação do IFSC disse que “não há possibilidade de retorno integral imediato de todos os estudantes e servidores”.
UDESC
Na Udesc há resoluções pontuais para o retorno presencial em cada centro de ensino. Na Udesc de Balneário Camboriú houve autorização para o retorno gradual das aulas presenciais nos cursos de graduação e de pós-graduação. O retorno, ainda sem data definida, será facultativo e anunciado com no mínimo 30 dias de antecedência.
Em Joinville, os cursos de doutorado, mestrado Acadêmico e mestrado profissional em Engenharia Elétrica, da Udesc retomarão o ensino presencial, de forma gradual, a partir de 4 de outubro, mesma data de retorno para o curso de graduação em Engenharia Elétrica. Em Lages a Udesc definiu que haverá retorno das aulas práticas presenciais em 27 de setembro no Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV).
Já o conselho do Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed) da Udesc deliberou por unanimidade em 27 de agosto que o retorno das atividades pedagógicas presenciais da graduação e da pós-graduação ocorrerá somente em 2022.
Rede estadual
Escolas estaduais de SC retomam ensino totalmente presencial a partir deste mês. A oferta de ensino completamente on-line ficará restrita aos estudantes que pertencem aos grupos de risco à Covid-19. Cerca de 30% dos alunos da rede estadual ainda se encontravam no ensino remoto no início do segundo semestre.
Por Ana Ritti – redacao@correiosc.com.br