Banco comunitário começa a funcionar no Frei Damião, em Palhoça

    A estimativa é que 1.376 pessoas sejam impactadas diretamente pela iniciativa, além do comércio local

    O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT), o Unops, organismo das Nações Unidas especializado em gestão de projetos, compras e infraestrutura, o Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICOM) e o Instituto Pe. Vilson Groh (IVG) lançam, esta semana, um projeto de fomento ao desenvolvimento local na comunidade Frei Damião, em Palhoça, na região metropolitana de Florianópolis.

    A iniciativa dará forma à unidade do Banco Comunitário ICOM na região, permitindo o repasse de recursos a 344 famílias, por meio de moedas sociais. Cada uma das famílias receberá R$ 600, divididos em três parcelas de R$ 200. O projeto está sendo desenvolvido com recursos de ações do Ministério Público do Trabalho, repassados às organizações realizadoras (ICOM e IVG). Recursos e resultados serão monitorados pelo UNOPS.

    A comunidade Frei Damião, em Palhoça, é uma das mais pobres da região metropolitana - foto aérea mostrando muitas casas
    A comunidade Frei Damião, em Palhoça, é uma das mais pobres da região metropolitana – MPT/Divulgação/CSC

    Estabelecimentos comerciais e empreendedores da Frei Damião estão sendo cadastrados para receber os pagamentos em troca de itens de alimentação, higiene e limpeza. Assim, os valores vão circular dentro da comunidade, impulsionando a economia local. A estimativa é que 1.376 pessoas sejam impactadas diretamente, além dos donos de pequenos negócios.

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    “É impossível viver bem e em paz com fome. Portanto, levar o Banco Comunitário para essas 344 famílias tem o poder de gerar um impacto tremendo na saúde, na autoestima e na convivência dessas pessoas dentro da própria casa”, acrescenta o padre Vilson Groh. Além do ICOM e do Instituto Pe. Vilson Groh, a iniciativa conta com o apoio de outras duas organizações locais.

    Como funciona

    As moedas sociais são mecanismos criados para serem utilizados por determinados grupos, circulando em regiões específicas. No caso do Banco Comunitário ICOM, ela é virtual e depositada na conta de cada família cadastrada. Essa conta é acessada por meio de um aplicativo específico, em que a família pode consultar o saldo e saber onde utilizar o valor. Outra opção é a compra de produtos com o CPF, sem necessidade do uso do celular. A moeda é aceita somente por estabelecimentos cadastrados.

    O Banco Comunitário foi criado pelo ICOM dentro da Linha de Apoio Emergencial Coronavírus, lançada em março de 2020, com o objetivo de apoiar pessoas em vulnerabilidade social. Os recursos convertidos em moedas sociais são mobilizados por meio de doações financeiras às organizações realizadoras, ICOM e IVG.

    Com informações do MPT/SC

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