A Casan anunciou que retoma em agosto as obras do Sistema de Esgotamento Sanitário Ingleses-Santinho, paralisadas desde abril.
A obra parou porque o consórcio vencedor da licitação pedia aditivo contratual em função da elevação de custos no período de pandemia, ao qual a companhia discordava. A obra deveria ter sido entregue na metade de 2021, mas por conta das demandas judiciais do consórcio Trix-Infracon a finalização só deverá ocorrer no ano que vem e com custo mais elevado ao contribuinte, que pode ultrapassar R$ 100 milhões. Segundo a Casan nos próximos dias serão definidos os novos valores exatos.
O consórcio foi vencedor da licitação pelo critério de preço mais baixo, que agora passará a ser mais caro do que a proposta mais elevada apresentada na licitação inicial, em 2015. O consórcio chegou a ser considerado primeiramente incapaz tecnicamente de fazer a obra, mas conseguiu judicialmente a liberação. De qualquer forma, produtos da construção civil encareceram o dobro no período e pelo contrato as empresas podem requerer mais dinheiro do governo para tocar a obra.
O sistema de esgotamento está em aproximadamente 80% dos 50,8 quilômetros de redes coletoras já implantados, nos bairros, em operação que iniciou há mais de dois anos. Para o sistema sanitário dos Ingleses e Santinho entrar em funcionamento falta a estação de tratamento e 20% da tubulação.
A unidade de tratamento terá capacidade de depurar 105 litros de esgoto por segundo em nível terciário, o mais efetivo e completo. Esse tipo de tratamento possibilita a remoção de matéria orgânica, fósforo e de nitrogênio do efluente.