A CPI da Covid-19 no Senado, que investiga supostas irregularidades e omissões do governo federal na condução da crise gerada pelo vírus, decidiu na manhã desta quarta-feira (26/5) convocar nove governadores e um ex-governador para depor, incluindo o chefe do executivo catarinense, Carlos Moisés (PSL), e a vice, Daniela Reinehr. Além deles, os senadores aprovaram a reconvocação do ministro da saúde, Marcelo Queiroga, e seu antecessor na pasta, Eduardo Pazuello.
Em reunião secreta, os senadores discutiram quais nomes deveriam ser convocados e, em meio a discussões, decidiram chamar os governadores citados em investigações da Polícia Federal. Moisés e Daniela tiveram seus nomes envolvidos na investigação sobre a compra irregular de respiradores na pandemia, que gerou um pedido de impeachment contra o governador, absolvido no começo deste mês. Reinehr assumiu interinamente o comando do estado em dois períodos de afastamento de Moisés, de março a maio deste ano e de outubro a novembro de 2020. Os depoimentos ainda devem ser agendados.
Na noite de ontem, Carlos Moisés se manifestou no Twitter sobre sua possível convocação à CPI, dizendo que as informações sobre o combate à pandemia em Santa Catarina e resultados de investigações serão encaminhadas ao senado para auxiliar nos trabalhos da comissão. Ao Correio, ele comentou sobre o papel da CPI. “Acredito que esse papel não pode ser desvirtuado. O papel da CPI é pra levantar desvios, seja em qualquer área, no município, no estado ou no governo federal. Mas que deve continuar não politizando obviamente, deve continuar com um papel muito isento.”
A vice-governadora, Daniela Reinehr, ainda não se manifestou. Os outros governadores convocados para depor na CPI são: Wilson Lima (AM), Ibaneis Rocha (DF), Mauro Carlesse (TO), Antônio Garcia (RR), Coronel Marcos Rocha (RO), Waldez Góes (AP) e Wellington Dias (PI), além do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
