As restrições escolhidas pelo governo de Santa Catarina para conter a pandemia de coronavírus pouco aliviam a demanda sobre os hospitais catarinenses. A partir de fevereiro até agora, os casos subiram e se mantiveram em um patamar insustentável, colapsando hospitais públicos e privados no estado.
Em Santa Catarina, fevereiro e março de 2021 são meses de altas taxas de contágio e cada vez mais pessoas na fila de espera por um leito de UTI. Já são 172.459 pessoas que contraíram o vírus a partir de 1º de fevereiro até esta segunda-feira (22/3) e 3.109 moradores do estado que faleceram devido à Covid-19.
Na fila de espera por UTI, 397 pacientes em estado grave aguardam pelo atendimento especializado, a maioria na região de Joinville (97) e na Grande Florianópolis (79). Diversos já morreram nessa espera. O aumento de leitos clínicos e de UTI não tem dado conta de uma alta taxa de contágio. Continuam faltando leitos hospitalares e até mesmo remédios para o drástico procedimento de intubamento.
Todas as regiões do estado estão em máxima vulnerabilidade ao coronavírus. Isso, porém, não se traduz em uma política de arrefecimento da pandemia.
Hospitais particulares
Nesse domingo, quatro hospitais particulares da Grande Florianópolis comunicaram ao Ministério Público novo atestado de colapso. Os hospitais da Unimed, em São José, Baía Sul, SOS Cárdio e de Caridade, em Florianópolis, afirmam que há um “desabastecimento de medicações utilizadas no tratamento de pacientes com Covid-19 que estão sob ventilação mecânica, especialmente sedativos e bloqueadores neuromusculares”. Os estoques, informam os diretores das unidades, estão críticos ou zerados. Eles informam também que não há vagas de UTI e ventiladores mecânicos para mais intubamentos.