MUTAÇÃO DO VÍRUS
A Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES) confirmou que há pelo menos dois casos autóctones da variante P1 do coronavírus no estado. Essa mutação do vírus Sars-Cov-2 é conhecida como variante brasileira e possivelmente originária da região Norte.
Os casos foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) em 2 de março, após encaminhamento de amostras para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro – que realizou o sequenciamento genético das amostras, identificando a variante P.1 em dois pacientes, residentes nos municípios de Joinville e Camboriú.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), as investigações das Secretarias Municipais de Joinville e de Camboriú apontam que os dois casos – um homem de 39 e um de 68 anos – não tinham registro de viagens para outras áreas do país com transmissão comunitária reconhecida da variante P.1 nos últimos 30 dias, o que caracteriza a transmissão comunitária dentro do estado (autóctone).
Variante sequenciada pela UFSC
A equipe da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunicou à SES que realizou sequenciamento genômico de três amostras oriundas do laboratório do Hospital Universitário da UFSC. Estas amostras foram recebidas em 22 de fevereiro, e os resultados do sequenciamento foram comunicados em 1º de março. A Secretaria de Saúde de Florianópolis realizou investigação epidemiológica, que confirmou que os casos não tiveram histórico de viagem para outras regiões nos últimos 30 dias, o que pode caracterizar como sendo mais casos autóctones.
Números em SC
Até o momento foram enviadas à Fiocruz 264 amostras de possíveis variantes, sendo 222 de monitoramento genômico e 42 de casos suspeitos de infecção por novas variantes de atenção.