O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) arquivou parcialmente o inquérito civil que investigava o envolvimento do governador Carlos Moisés (PSL) na compra irregular de 200 respiradores. O caso ocorreu no ano passado, no início da pandemia, quando o governo pagou antecipadamente R$ 33 milhões pelos respiradores da Veigamed sem garantias e que não foram entregues. O governador responde a um processo de impeachment relacionado à compra.
Na decisão do procurador geral de justiça, Fernando Comin, há o entendimento de que a investigação não constatou pratica de ato de improbidade por parte do governador. Dessa forma, Moisés fica desvinculado de outros nomes investigados nas irregularidades da compra dos respiradores, como Helton Zeferino e Douglas Borba, secretários de saúde e casa civil na época. O inquérito vai seguir em tramitação na promotoria de Florianópolis.
Pelo caso dos respiradores e pelas irregularidades na contratação de um hospital de campanha em Itajaí, o governador responde a um processo de impeachment na Alesc. A defesa de Moisés vai anexar a decisão do MP nesse segundo pedido de impeachment investigado na CPI dos respiradores, que ainda não tem uma data definida para ser votado. O chefe do executivo já ficou temporariamente afastado do cargo no caso do aumento salarial de procuradores do estado, que foi encerrado com a absolvição dele.
