Na tarde desta quarta-feira (13/1) o assunto do possível fechamento da usina termelétrica de Jorge Lacerda começou a tomar mais corpo em Brasília. O governador, Carlos Moisés, participou de uma reunião no Ministério de Minas e Energia (MME), com o objetivo de buscar alternativas para evitar a desativação do complexo no Sul do estado. A reunião teve a participação de uma comitiva catarinense composta por prefeitos, deputados, senadores e representantes da indústria carbonífera.
Moisés reforçou o pedido de novos leilões de energia para permitir outros investimentos na região, com usinas mais atuais. Para evitar a desativação do complexo, outras alternativas foram apresentadas pelo chefe do Executivo, como passar os ativos a um novo controlador, usar cerca de 10% da glosa atual do carvão, conforme a resolução 500 da Aneel, para criação de um fundo para reparação ambiental da região e postergar a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o carvão mineral nacional, setor que emprega mais de 27 mil pessoas no Sul de Santa Catarina, conforme calcula o governo.
O governador enalteceu ainda a “pronta atenção” que o assunto recebeu do Governo Federal. “Essa união de esforços é fundamental para a construção de uma solução que considere tanto os aspectos ambientais quanto os socioeconômicos. Tenho muita convicção de que vamos encontrar um caminho”, declarou.
A empresa Engie anunciou no ano passado a intenção de desativar o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, decisão que afeta toda a indústria carbonífera do Sul do estado, responsável pela geração de empregos da região, além de impactar no fornecimento de energia para grande parte de Santa Catarina. O ministro Bento Albuquerque relembrou que um grupo de trabalho foi construído e tem seis meses para apresentar um diagnóstico sobre geração termelétrica e a mineração do carvão. Serão analisadas também as alternativas para diversificar as atividades econômicas no Sul de Santa Catarina, considerando outros fatores além do potencial de mineração, diz o MME.
