Grande Florianópolis volta para a fase laranja da matriz de risco à Covid

    No total, quatro regiões foram reclassificadas para o nível grave e doze permanecem no gravíssimo

    Depois de mais de um mês no nível gravíssimo (vermelho), a Grande Florianópolis voltou para o nível grave (laranja) da matriz de risco potencial à Covid-19. A última vez que região atingiu essa fase foi no dia 18 de novembro. Na nova matriz, divulgada nesta quarta-feira (30/12), doze regiões de Santa Catarina estão em nível gravíssimo e quatro em grave. Na semana passada todas as regiões do estado estavam no nível gravíssimo.

    Além da Grande Florianópolis, as regiões de Xanxerê, Oeste e Médio Vale do Itajaí foram reclassificadas para o nível grave (laranja) da matriz de risco. Já no nível gravíssimo (vermelho), de alerta máximo à Covid-19, permanecem as regiões do Extremo Oeste, Alto Uruguai Catarinense, Meio Oeste, Alto Vale do Rio do Peixe, Alto Vale do Itajaí, Planalto Norte, Nordeste, Foz do Rio Itajaí, Laguna, Serra Catarinense, Carbonífera e Extremo Sul Catarinense.

    De acordo com a epidemiologista Maria Cristina Willemann, a redução do número de casos foi o principal motivo para a melhoria do cenário. “A maioria das regiões segue com uma ocupação de leitos maior que 80%, temos também um número alto de óbitos. Essa melhora na matriz se deve a redução do número de casos, mas é preciso estar atento aos dados, essa diminuição pode ser real ou ocasionada pelos feriados e uma diminuição no número de profissionais que reportam, ao sistema, os casos.”

    O maior avanço foi registrado no quesito transmissibilidade, em que apenas a região do Alto Uruguai permanece em estado gravíssimo. COES/SES/Divulgação/CSC
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    O maior avanço foi registrado no quesito transmissibilidade, em que apenas a região do Alto Uruguai permanece em estado gravíssimo. O documento do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), no entanto, reforça que durante o período de recesso de final de ano o registro de casos nos sistemas de informação pode estar com um atraso maior que o esperado, por isso é importante manter e ampliar ações para minimizar a transmissão da doença.

    Todas as regiões encontram-se em alerta para a ocupação de leitos de UTI, com a Grande Florianópolis e o Médio Vale do Itajaí classificados em laranja e as demais em vermelho. Na situação atual, há necessidade de cancelar a realização de cirurgias eletivas, colocar em funcionamento todos os leitos disponíveis, ampliar ações de identificação de manejo precoce de casos e investir em restrição de contato entre as pessoas para que haja redução da ocupação em médio prazo, de acordo com o documento do COES.

    Casos em Santa Catarina

    Segundo dados divulgados nesta terça-feira (29/12), Santa Catarina tem 485.935 casos confirmados de infecção pela Covid-19, sendo 463.863 recuperados e 16.911 estão em acompanhamento. A doença respiratória causou 5.161 óbitos no estado desde o início da pandemia. Com isso, a taxa de letalidade é de 1,06%.

    A maior quantidade de pacientes que já confirmaram infecção está em Joinville, que registra 43.433 casos, seguida por Florianópolis (41.670), Blumenau (25.958), São José (21.560), Criciúma (18.651), Palhoça (14.970), Balneário Camboriú (14.523), Itajaí (14.380), Chapecó (13.471) e Brusque (12.756).

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