Fecam assina na quinta-feira intenção de compra da Coronavac em São Paulo

    Entidade municipalista assina na quinta-feira (10) protocolo com o Instituto Butantan para "ficar na fila" da vacina

    close em mãos de pessoa segurando caixa da vacina de covid-19 e uma dose fora da caixa
    Coronavac tem produção sino-brasileira em parceria do Instituto Butantan com o instituto Sinovac; imunizante está na terceira fase de testes - Instituto Butantan/Divulgação/CSC

    A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) assinará o protocolo de intenções com o Instituto Butantan nesta quinta-feira (10/12), às 14 horas, em São Paulo. A parceria formaliza o interesse dos municípios catarinenses em adquirir a vacina Coronavac, do laboratório Sinovac, após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    Conforme já explicado pela entidade municipalista de Santa Catarina, a aproximação ocorreu por conta da ausência de um plano do governo estadual para compra de algum imunizante, processo atrelado tanto à inércia federal, quanto à tentativa de impeachment estadual. A Fecam busca, por meio do protocolo, deixar formalizado que os prefeitos catarinenses desejam ter acesso à vacina, considerando que é a única forma de combater a pandemia.

    A assinatura deverá ser formalizada entre as entidades, representada pelo presidente da Fecam e prefeito de Rodeio, Paulo Roberto Weiss e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas. “Em cenário de incerteza sobre o Plano Nacional de Imunização, em meados de novembro nós agilizamos e tratamos de sinalizar que os municípios desejam o acesso a vacina”, diz Weiss.

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    O secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Vinícius Lummertz, acompanhará o ato em SP. “Nós só temos a aplaudir a agilidade da FECAM para a obtenção da vacina por meio do Instituto Butantan, sem se deter, em momento algum, a questões que saiam do âmbito da ciência. Isto permitirá aos municípios uma opção a mais, com o intuito de salvar vidas e minimizar a letalidade da COVID-19”, destaca Lummertz.

    Segundo estimativa da Fecam, a aplicação da vacina Coronavac deva acontecer ainda no primeiro semestre de 2021. Para combater a pandemia, segundo Covas, é preciso uma cobertura vacinal de 80 a 85% da população para a chamada imunidade de rebanho.

    Escolha pela Coronavac

    Para o consultor em Saúde da Fecam, médico especialista em saúde pública, Jailson Lima, a iniciativa catarinense “é muito simples e lógica”. Segundo ele, trata-se de uma vacina que é possível armazenar em refrigeração comum, com o menor custo por dose e logo deverá ser aprovada no Brasil. A Coronavac é adaptada às condições brasileiras, pode ser transportada a temperatura de geladeira (de 2 a 8 graus), tem validade longa de três anos e pode ficar até 27 dias em temperatura ambiente (fora da geladeira) sem perder as suas características.

    O custo da vacina é outro diferencial. As duas doses previstas para imunização, segundo a consultoria da Fecam, custam em média R$ 60 (R$ 30 cada dose). “De todas que se anunciam próximo a uma aprovação pela Anvisa, é a mais barata e mais fácil de logística e armazenamento”, acrescenta Lima.

    Prazos e grupos

    A quantidade de doses que a Fecam vai comprar do Butantan e os prazos ainda não estão definidos. Até a segunda quinzena de janeiro, informou o diretor do Butantan, serão 46 milhões de doses da vacina no Brasil, aguardando a liberação. Nessa semana, o governo de São Paulo anunciou que a partir de 25 de janeiro pretende vacinar a população.

    Qualquer vacina hoje, mesmo que aprovada pela Anvisa, não deverá ser disponibilizada a toda a população. Caberá atender num primeiro momento grupos prioritários, de acordo com critérios a serem definidos em plano de imunização.

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