O movimento dos caminhoneiros foi apoiado, segundo pesquisas, por quase noventa por cento da população. Ao menos no seu início. Como num filme de ação ou em um conto de fadas moderno, milhares de Robins Hoods revoltaram-se contra o reino opressor, personificado na figura de Michel Temer e sua corte. A maioria não entendeu que, da mesma forma que aconteceu em 2013, neste maio de 2018, a revolta dos brasileiros é contra si mesmo. Ninguém é mais responsável pelo caos atual do que eu, você e todos os que nos rodeiam, pela omissão e pela passividade com que assistimos este imenso circo pegar fogo. Neste fundo do poço em que nos metemos o que existe é um espelho.
Não adianta acreditar que são a corrupção e a política que nos impedem de chegar até o fim do arco-íris, onde fica o pote de ouro, esperando para ser aberto e distribuído para benefício de todos, sem necessidade de disputa, dada a fartura de recursos. Assim como o fim daquela meia-roda de luz colorida no céu não existe, também é ilusão a ideia de um Brasil deitado em um berço esplêndido de riquezas minerais e naturais, capazes de garantir vida fácil, confortável e isenta de esforço para pouco mais de duzentos milhões de pessoas.
Voltando à tal pesquisa, quase nove entre dez brasileiros foram a favor da paralisação de caminhões. Também quase nove entre dez se disseram contrários a aumentar impostos ou cortar gastos e investimentos públicos a fim de pagar a conta da redução no preço do óleo diesel.
A imensa maioria disse que o governo deveria continuar a tentar novas negociações, sem recorrer à força, para garantir o direito de ir e vir aos caminhoneiros que estavam parados por medo de represálias por parte dos colegas, mas que não concordavam com a continuidade do movimento, depois que as principais reivindicações foram atendidas.
Do que se viu, quase nove entre dez brasileiros estão imersos em um sentimento de impotência e de revolta desnorteada, o que, talvez, explique o imenso apoio recebido por um movimento que chegou ao limite de levar a economia e as relações sociais ao colapso. Anos de crise econômica e de escândalos políticos exterminaram a paciência da sociedade contra os governantes em geral, quando, na verdade, a única saída seria reconhecer que a responsabilidade pela situação é dela própria, que coloca em posição de liderança um extrato de si mesma.
Camarão que dorme…
A demora do governador Pinho Moreira em tomar atitudes concretas em relação aos bloqueios de caminhoneiros nas estradas catarinenses provocou cobranças fortes de deputados na Assembleia Legislativa. Menos mal que, após a gritaria, Pinho acordou e, rapidamente, as coisas começaram a acontecer. Ficou o alerta para as próximas crises que virão: Camarão que dorme, a onda leva.
Se beber, não dirija…
O ex-prefeito de Florianópolis, César Souza Junior, que foi flagrado supostamente alcoolizado, depois que o carro em que estava, em companhia de uma amiga, também com suspeita de estar bebassa, pegar fogo na BR-101, recomendaria: “Se beber, não dirija lata-velha. Garanta sempre que o seu carro esteja com as revisões em dia.”
Empregos em abril
São José, mais uma vez, está na dianteira no índice de geração de empregos com carteira assinada na região. Em abril, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontou a criação de 803 novas vagas de trabalho formal na cidade. Em seguida vem Palhoça, com saldo positivo de 342 empregos, e Biguaçu, com 73. Florianópolis, entretanto, ficou atrás, fechando abril com 80 vagas a menos do que em março. No acumulado, em 2018, foram 1400 novos empregos criados nas quatro cidades. Os números só não são melhores porque Florianópolis, no mesmo período, fechou 1220 vagas.
Educação para o trânsito também se faz na porta da escola
Pais de alunos do colégio CEB e moradores da rua Independência, no bairro Areias, em São José, reclamam da confusão geral no trânsito a cada chegada ou saída dos alunos da escola. Segundo os relatos, carros estacionam nos locais destinados às vans escolares, obrigando estas a ficarem em fila dupla. Além do evidente perigo de acidentes, o caos gerado torna a tarefa de buscar os filhos na escola uma operação confusa e demorada.
Cabe, ao que vejo, à escola ajudar a organizar o trânsito, nos horários de chegada e de saída, como forma de proteger seus alunos. Os pais pagam mensalidades caras, também, para que seus filhos sejam protegidos no trajeto entre os muros do estabelecimento e o veículo que os levará para casa. Ajudar a organizar o entra-e-sai de carros também seria um serviço desejável, para tão prestigioso estabelecimento. Com a palavra, a direção do CEB.
