SC bate recorde de casos de dengue com 4,6 mil pessoas infectadas, 93% autóctone

    Com 93% dos casos autóctones no estado, 10 municípios estão em condição de epidemia

    SC bate recorde de casos de dengue

    De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela vigilância epidemiológica estadual, SC bate recorde de casos de dengue confirmados. São 4.601 em 2020. O número supera o ano de 2016, que teve até então a maior quantidade de registros (4.379).

    Do total de casos deste ano, a maioria é autóctone. São 4.265 infecções contraída dentro do próprio estado (cerca de 93%).

    Segundo a vigilância epidemiológica, há transmissão de dengue em 46 municípios catarinenses. Desses, 10 estão em condição de epidemia – quando a taxa de incidência da doença é maior do que 300 casos por 100 mil habitantes. São eles: Águas de Chapecó, Bombinhas, Caibi, Coronel Freitas, Formosa do Sul, Joinville, Maravilha, São Carlos, São Miguel do Oeste e Tijucas.

    Sorotipo Denv4 identificado
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    Além do recorde de casos de dengue, há circulação de três sorotipos da doença: Denv1, Denv2 e Denv4.

    “É o primeiro ano que ocorre a identificação do Denv4 no estado, bem como o registro de circulação simultânea de três sorotipos”, explica João Fuck, gerente de zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive).

    Segundo a Dive, os municípios de Balneário Camboriú e Florianópolis apresentam circulação simultânea dos sorotipos 1, 2 e 4. No município de Tijucas ocorre a circulação do sorotipo 1. Nos municípios de Itapema, Porto Belo e Itajaí está circulando o sorotipo 2.

    “Existem quatro sorotipos do vírus da dengue. Com isso, uma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo da sua vida, já que a infecção gera imunidade somente contra aquele sorotipo já adquirido”, alerta Fuck.

    Prevenção à dengue

    A melhor medida para evitar a transmissão de dengue continua sendo eliminar os possíveis criadouros com água parada, onde o mosquito Aedes aegypti possa se reproduzir. A orientação é que na presença de qualquer sintoma o paciente procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência.

    É fundamental que a população faça sua parte:

    • evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
    • guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
    • mantenha lixeiras tampadas;
    • deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
    • plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
    • trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
    • mantenha ralos fechados e desentupidos;
    • lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
    • retire a água acumulada em lajes;
    • dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
    • mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
    • evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
    • denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde.

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