Gestantes e mulheres no pós-parto entram para o grupo de risco da Covid-19

soninha silvaConforme determinação do Ministério da Saúde, as gestantes e puérperas fazem parte do grupo de risco que tem maior chance de sofrer as complicações da Covid-19, provocada pelo novo coronavírus.

Existem estudos em andamento que analisam o impacto direto do coronavírus na gravidez, mas não há precisão de dados que comprovam se a Covid-19 dificulta ou não na gravidez, bem como no desenvolvimento do feto, ou se esse grupo corre mais riscos de contrair o vírus do que a população em geral. Além disso, não foram encontrados casos confirmados de recém nascidos na sua primeira hora de vida de mães que apresentaram durante a sua gestação a Covid-19.

Considerando que as gestantes passam por alterações fisiológicas e imunológicas, o Ministério da Saúde esclarece que elas podem se tornar mais suscetíveis a infecções respiratórias virais, incluindo a Covid-19, embora não existam estudos confirmados. O Ministério ressalta ainda, que as gestantes têm mais riscos de doença grave, morbidade ou mortalidade em comparação ao restante da população. Dessa forma, os cuidados em relação às ações preventivas precisam ser redobrados para as mulheres grávidas e puérperas evitarem a contaminação pela Covid-19.

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É fundamental que mantenham o isolamento social não recebendo visitas, manter a higiene adequada, uma alimentação saudável para fortalecer a imunidade, equilíbrio mental, atividades físicas em casa conforme a orientação médica, evitar o medo e o pânico que podem desestabilizar o organismo e seguir as rotinas de consultas pré-natais e de puericultura presenciais alternadas com contato on-line para exibir resultados de exames. Os cursos de gestantes não devem ser presenciais, e sim pela web.

A amamentação, caso a puérpera esteja infectada, segue normalmente, contando que a mãe adote medidas de prevenção rigorosas, como a higienização adequada das mãos e  o uso de máscara devendo ser trocada  a cada nova mamada, para que não haja a contaminação do seu filho. Caso a mãe não se sinta segura ou confortável para amamentar naturalmente, é possível realizar a extração continua do leite materno e oferecer para o bebê num copinho adequado para recém-nascidos, com orientação de um profissional especializada em amamentação, de preferência de forma on-line.

Considerando os benefícios da amamentação para a saúde da criança e da mulher, a Organização Mundial da saúde (OMS) orienta a manutenção da amamentação por falta de elementos que comprovem que o leite materno possa transmitir o coronavírus.

por Soninha Silva
Enfermeira do Departamento Cientifica da Associação Brasileira de Amamentação
Coren – SC 383.225

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