Câmara de Biguaçu discute transferência da sede para o Jardim Carandaí

dois homens seguram uma planta baixa de um prédio; um deles está em pé falando ao microfone
Reunião aborda assinatura de concessão para instalação da Câmarano Jardim Carandaí - CMB/Divulgação

Vereadores da Câmara Municipal de Biguaçu se reuniram com representantes da Associação de Moradores do Centro de Biguaçu (Amcebi) na segunda-feira (27/1) no plenário da Casa. O encontro teve por objetivo discutir a assinatura do contrato de concessão para instalação da sede da câmara no Centro Administrativo Municipal – Polo Jardim Carandaí, antigo prédio da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), localizado no bairro Rio Caveiras.

Na oportunidade, o presidente da câmara, Nei Cláudio da Cunha, iniciou a reunião lembrando sobre a permuta realizada com o executivo municipal. “Na época, a prefeitura assumiu o prédio em construção, na Rua São José, em contrapartida de reformarem o prédio da Secretaria Municipal da Educação para que a câmara fizesse sua instalação no local. No entanto, estamos há cerca de dois anos aguardando sem sucesso”, lembrou. “Nós sabemos da dificuldade de arrecadar fundo. Então, vejo como uma boa solução economizar em aluguel para investir na reforma do prédio atualmente usado pela Secretaria da Educação. Eu acredito que no máximo em dois anos já poderemos retornar para o Centro da cidade”, completou Cunha.

A segunda-secretária da Mesa Diretora, vereadora Magali Eliane Pereira Prazeres, comunicou que o acordo da permuta com o Executivo está em trâmite judicial. “Essa questão será avaliada futuramente, então já aproveito para pedir mobilização da Amcebi para que, juntos, possamos pleitear uma solução em definitivo.”, enfatizou a vereadora.

Condições de trabalho
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Cunha ainda destacou a condição de trabalho de alguns setores no prédio atual, a exemplo de salas sem janela ou ainda com espaços que não atendem a demanda de trabalho. Por sua vez, a vereadora Magali Eliane Pereira Prazeres também relatou dificuldades. “Hoje, nós temos que pedir para o assessor parar de trabalhar, sair da sala, para que possamos atender um cidadão, pois muitas vezes é algo particular e que o cidadão tem direito de sigilo”, enfatizou.

“Indo para o antigo prédio da Univali, no bairro Jardim Carandaí, estamos otimizando um espaço que está parado, ocioso e que pode ser reutilizado. Lá, nós teremos estacionamento próprio e sem custos para os servidores e usuários, Vamos poder abrir espaço para reuniões de associações de moradores”, completou a vereadora Magali.

Posicionamento da Amcebi

Entre os argumentos apontados pelo presidente eleito da Associação de Moradores do Centro de Biguaçu, Wagner Cardoso, apoiado por outros representantes da Associação e também moradores do Centro, predominou a manifestação oficial da Amcebi como sendo contrária à mudança da sede do Poder Legislativo. “É comum, nas cidades, você encontrar os três poderes juntos. Colocar uma Casa, que precisa estar antenada com os anseios do povo, em um local com acesso restrito vai dificultar com que os biguaçuenses tenham acesso aos serviços”, colocou Wagner.

O representante da Associação ainda defendeu a mudança da câmara para o prédio ocupado pela Secretaria da Educação/Biblioteca, no Centro, conforme prevê projeto aprovado na câmara. Wagner solicitou ainda esclarecimentos oficiais ao presidente do legislativo, como o valor pago de aluguel no prédio atual da câmara, também com relação à quantia gasta com a mudança para o Jardim Carandaí e ainda o montante que seria necessário na reforma do prédio aonde está instalada atualmente a Secretaria da Educação/Biblioteca.

Wagner também manifestou que entende a justificativa apontada pelo presidente do Legislativo, Nei Cunha, com relação à importância da economia. “A economia é de interesse geral, mas é necessário visar as consequências e os reflexos futuros. Haverá uma afetação para investidores e empreendedores que acreditaram na cidade de Biguaçu e se instalaram ao redor dos serviços públicos”, avaliou. “Ao invés de se fazer uma movimentação para outro bairro, gerando dois gastos, uma vez que não será definitivo, que se invista os valores que são devolvidos todo ano ao Executivo em uma reforma no prédio da Secretaria da Educação/Biblioteca”, propôs Wagner.

Pedido de reunião

Os vereadores Fernando Duarte, Ednei Müller Coelho, João Domingos Zimmermann e Salmir da Silva cobraram esclarecimentos sobre o documento de concessão do prédio do Jardim Carandaí para fins de instalações da Câmara, manifestaram descontentamento para com a comunicação aos vereadores sobre a assinatura do contrato e pediram por reunião e planejamento para que se tenha uma decisão da melhor forma possível. “Não sou contra a mudança, mas sim quanto à forma como ela está sendo conduzida. Pedimos planejamento, organização e participação do grupo como um todo”, declarou Salmir, que apoiou a sugestão de unir forças para cobrar do Executivo a reforma da Secretaria da Educação/Biblioteca.

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