Com ações de fiscalização no norte da ilha e no Centro, agentes da prefeitura e da Casan multaram e autuaram, nessa semana, proprietários de imóveis com ligações irregulares de esgoto, dois deles por crime ambiental. O grupo de fiscalização encontrou casos de esgoto lançado na rede pluvial espalhados por diferentes bairros e regiões de Florianópolis.
Em Ingleses, os três condomínios fiscalizados pela força-tarefa apresentavam irregularidades. Situados na Rua Ambrósio Marques da Rosas, dois possuíam fossa sumidouro extravasando na rua e na drenagem pluvial; o terceiro, único ligado à rede coletora, tinha o esgoto de máquinas de lavar e tanques despejado junto à água da chuva. O dono do condomínio conectado à rede foi multado por crime ambiental. A prefeitura pediu o lacre das ligações clandestinas.
No Centro, o caso mais grave se deu na Rua Major Costa: uma casa lançava esgoto do tanque, da máquina de lavar e da pia de cozinha diretamente na rede de drenagem pluvial, causando também vazamento de efluentes na calçada. O proprietário foi multado por crime ambiental pela Floram. Segundo o órgão municipal, a legislação federal determina valor de no mínimo R$ 5 mil de multa; também foi autuado pela Vigilância em Saúde por conta do extravasamento.
Beira-mar imprópria
Com a chegada da temporada de verão, a prefeitura, através do Grupo Sanear Floripa, tem intensificado as fiscalizações tanto no norte da ilha, como no Centro, para tentar melhorar os índices de balneabilidade e evitar que a água do mar fique imprópria para banho.
Até agora, a obra de balneabilidade da baía da Beira-mar norte não deu o resultado esperado. A última análise (em 11/12) aponta para uma quatidade de 7.701 da bactéria Escherichia coli por 100 mililitros de água do mar, muito acima do limite de 800. Para que haja condição balneável, são necesários quatro resultados consecutivos abaixo do limite. Além dessa semana, os últimos foram 417, 2.613 e 4.884. A Casan, responsável pela obra, já afirmou que não se esperava tantas ligações irregulares de esgoto na região central da capital, por isso os índices da água não melhoram.
