Nos últimos dez anos (2012-2021), 22.954 pessoas morreram em acidentes de trabalho no Brasil, de acordo com dados atualizados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, desenvolvido e mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Pela última atualização, Santa Catarina se manteve como quinto estado com o maior número de acidentes de trabalho do país. Somente em 2021 foram 38,6 mil registros, com 166 óbitos. A estimativa é de 7,5 mil acidentes sem emissão de comunicações de acidentes de trabalho (CAT), o que representa 19,5% subnotificações.
Os municípios que lideram as estatísticas de acidentes de trabalho em SC são: Joinville (12%), Florianópolis (6%), Chapecó (6%), Blumenau (5%), Itajaí e Criciúma (4%).
Já na frequência de afastamentos do INSS, o estado catarinense aparece em terceiro lugar. Foram 15 mil concessões de auxílio-doença por acidente do trabalho, com um gasto de R$ 1,1 bilhão, e 537 concessões de aposentadoria por invalidez por acidente do trabalho. 31 dessas aposentadorias foram em Florianópolis. Apenas 19 pensões por morte foram concedidas em SC no ano passado.
Em 2021, houve um aumento de 35% nas notificações de acidentes em Santa Catarina. Em Brusque, por exemplo, o aumento de CAT foi de 122%. Os aumentos relativos ocorreram principalmente pela volta das atividades após as paralisações em 2020.
O setor de atendimento hospital foi o que liderou em termos de acidente de trabalho, seguido por abate de suínos e aves e depois fundições. As lesões mais comuns, entre todos os setores da economia catarinense, foram fraturas, cortes e lacerações.
Os dados constam no Smartlab, gerido pelo MPT em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
