1º de agosto marca o dia de sobrecarga do planeta

    grande pilha de madeiras cortadas vistas pelo plano da intersecção
    Imagem: Pixabay/Divulgação

    No dia 1º de agosto a humanidade terá terminado com o estoque de recursos naturais para o ano inteiro, de acordo com a Global Footprint Network, uma organização internacional de pesquisa.

    Essa data é chamada Dia da Sobrecarga da Terra – o momento em que a demanda anual da humanidade em relação à natureza ultrapassa a capacidade de renovação dos ecossistemas terrestres naquele ano.

    Em outras palavras, a humanidade está utilizando a natureza de forma 1,7 vez mais rápida do que os ecossistemas do nosso planeta podem se regenerar. Isso é como se usássemos 1,7 planeta Terra.

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    A Global Footprint Network calcula o Dia da Sobrecarga da Terra todos os anos usando o cálculo de Pegada Ecológica, que inclui todas as diferentes demandas sobre a natureza, como a de alimentos, madeira e fibras (algodão); absorção de emissões de carbono da queima de combustíveis fósseis; além de construções, estradas e demais infraestruturas.

    O dia 1º de agosto é o Dia da Sobrecarga da Terra mais cedo desde a década 1970, quando o mundo começou a esgotar os estoques do planeta antes de acabar o ano.

    Os custos desse excesso de gastos ecológicos incluem desmatamento; colapso pesqueiro; escassez de água doce; poluição; erosão do solo; perda de biodiversidade e acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera.

    Tudo isso leva a mudanças climáticas e secas mais severas, incêndios florestais e furacões. Essas ameaças podem gerar desespero e forçar muitas pessoas a migrarem para outras cidades ou países.

    “O Dia da Sobrecarga da Terra pode não apresentar diferenças em relação a ontem – você ainda tem a mesma comida em sua geladeira”, comenta o CEO da Global Footprint Network, Mathis Wackernagel.

    “Mas, os incêndios estão ocorrendo no oeste dos Estados Unidos. Do outro lado do mundo, os moradores da Cidade do Cabo tiveram que reduzir pela metade o consumo de água desde 2015. Essas são consequências de estourar o orçamento ecológico do nosso único planeta”.

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